Eu e meus 20 e poucos anos.

Quando criança ouvimos a pergunta "o que você quer ser quando crescer?". Crescemos criando sonhos que parecem não caber no coração e na imaginação da gente; ser astronauta, ser arqueóloga, ser professora, ser frentista, ser química, ser engenheira, ser médica. 
Alimentamos expectativas de que seremos algo especial, traçamos um planejamento meticulosamente perfeito de quando as coisas irão acontecer, UAU! VAI SER INCRÍVEL!
Na fase adulta a realidade chega, nem sempre conseguimos passar no vestibular, aquele bom emprego... e deixamos um pouco os sonhos de lado porque as obrigações e deveres chamam. E então surge o momento de reflexão: não me tornei nada do que eu queria ser. Sinto o fracasso me abraçar. 
Será mesmo que somos seres condenados ao fracasso por não sermos aquilo que um dia dissemos que poderíamos ser?
E quem sabe dizer o que eu poderia ter sido e não fui? Ninguém. E nunca saberemos!
Essa cobrança um dia vai nos deixar loucos.
Lidar com a frustração pode ser simples e complicado, vai depender da gente.
Vai depender do quanto sei a respeito de mim mesmo, do quanto carrego da criança que fui. Não foi à toa que Milton Nascimento cantou "há um moleque morando sempre no meu coração. Toda vez que o adulto balança o menino me dá a mão e me fala de coisas bonitas".  Não é à toa que existem várias músicas e poemas falando a respeito disso. Jovens e seus dilemas desde a.C.
O tempo não vai parar por conta dos nossos anseios e muito menos por conta de qualquer vitória conquistada. 
O tempo sempre passará pontual. 
Sem querer se motivacional, mas entre o ontem e o amanhã existem infinitas possibilidades.
Podemos ser o que quisermos - mesmo que num tempo fora da nossa compreensão. Mesmo que. 

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