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Mostrando postagens de julho, 2014

A velha e a moça

66 são os anos que me tornam diferentes da minha avó. Minha avó olhando no espelho, reflete: olha os meus cabelos brancos! Tenho 86 anos. - Não, vó. 91. - Isso tudo? Eu tenho 91 anos? Puxa! Até que sou uma velha bonita. Taí a beleza da velhice. Mas o que é ser velho? De acordo com dona Maria (vovó), ser velho é ter a vida que ela tem. Dormir quando quiser, assistir programas de culinária e, principalmente, poder tomar seu adorado café com leite e pão sem manteiga. Fico pensando se eu, meus filhos e os filhos dos meus filhos terão  uma velhice assim também. Idosos são fofos. Dá vontade de apertar? Dá. Mas cuidar não é fácil.  Eles tem suas manias. Não, você não conseguirá mudá-los. Aceite. Eles precisam de alimentação certa, embora umas boas porcarias caiam bem de vez em quando. Claro, se seus avós não tiverem nenhum problema de diabetes e colesterol. Minha vó não tem nada disso. Comer é o prazer dela. Eu até acho que quando ela fez a cirurgia, os médicos trocar

Repassem

Psiu, é pra ler, viu?! Certo homem estava caminhando e encontrou uma moeda de R$1,00 e a guardou na pochete na intenção de gastar em chiclete Ploc. No caminho para a mercearia ele avista uma criança chorando encostada no muro, igual ao Kiko. Aquela cena comoveu o seu coração. Sem hesitar pegou aquela moeda de sua pochete e deu ao menino, que alegrou-se instantaneamente, agradeceu ao tio-legal-que-deu-um-real, correu diretamente para o tio-que-faz-pipa-maneira, comprou a rabiola mais legal de todas as rabiolas e adornou sua pipa da Dora Aventureira. Seus amiguinhos ficaram com inveja, mas ao invés dele esnobar, emprestou sua pipa a cada um, deixando todos felizes e mostrando que nem a rabiola mais legal de todas as rabiolas vale mais que fazer amigos e se importar com o outro. Se você acredita que no céu tem pão, compartilhe. Se não, apenas olhe.  Um índio Guaraní-Kaiwoa chamou esta mensagem  de lixo. Oito   dias  depois quase   morreu atropelado por um elefante. Mestre Yoda

O encontro

Enquanto o céu parece desabar lá fora, vejo pela minha janela as árvores se alegrando, o solo cantando e a certeza de que essa tempestade irá passar. Quando chove descobrimos onde a goteira se escondeu no tempo do estio; descobrimos que o toldo já não está cumprindo seu papel de toldo; descobrimos que as janelas estão mais que na hora de serem trocadas porque a água escorre sorrateiramente por entre as frestas. Quando chove parece que o céu está chorando.  Às vezes de alegria e às vezes de tristeza.  Essa chuva que cai lá fora é de felicidade.  Parece estar realizando um sonho.  O encontro da chuva com o solo. Dois amantes que outrora se amaram. Chove. A água busca o chão sem temor. 

A espera

Recentemente ouvi a história de um menino que estava ajudando sua mãe a plantar flores no jardim. Certo dia o menino chegou para a mãe disse todo feliz: "Mamãe, achei um botão lindo no jardim. Ela, feliz, perguntou: o que você fez com ele? Ele respondeu: Ah, mamãe, eu abri o botão pra ele virar flor logo, mas não ficou bonita como pensei. Está toda murcha e algumas pétalas caíram. Então tive que arrancar."   Essa simples história me trouxe algumas reflexões. Às vezes agimos como o menino, queremos apressar as coisas, e acabamos por destruir aquilo que nós tanto queríamos simplesmente por termos apressado o tempo de acontecer  Às vezes não temos paciência para esperar na fila da padaria, não temos paciência com as pessoas e não temos paciência até com nós mesmos. Às vezes buscamos uma resposta de Deus e só ouvimos o silêncio. Nosso desejo é de que Ele nos responda imediatamente, e que se possível, use efeitos especiais também, iguais aos filmes de Stephen Spielberg.