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Mostrando postagens de maio, 2015

Casa

Acima dos raios da alvorada Além de toda imensidão azul A própria Eternidade Amou aqueles que não sabiam que podiam ser amados Fez de nós seu lar

Um posso de cada vez.

Não foi à toa que escolhi esse título para o texto de hoje e muito menos para ser o subtítulo do Blog.  Essas 5 últimas semanas foram gradualmente exaustivas. Essa última, foi difícil. Estou sentindo tantas dores que acho que as dores do mundo todo resolveram doer em mim. Não sentia tanta dor assim desde outubro. Mas agora está pior. Estou digitando com os dedos indicadores porque não estou com forças nas mãos, o que me impede de segurar e fazer qualquer coisa normalmente. Meu cabelo manda lembranças ao pente, mas também agradece as mãos que o prendem de vez em quando.  Estou andando como uma pata. Isso eu até acho engraçado. Mas não acho graça quando não tenho força pra levantar a perna para vestir seja lá o que for. Nem as pernas ajudam e nem as mãos conseguem subir a roupa.  Um posso de cada vez! Tudo isso eu compartilho com meu médico. Nossas últimas consultas não foram animadoras. Na antepenúltima, iniciamos os corticoides. Senti uma melhora significativa. Depois de 2 mes

Vamos falar de dinheiro!

"Dia de muito, véspera de nada" é o que minha vó vivia dizendo quando eu queria fazer mil coisas em um dia só, o que incluía gastar, esbanjar na padaria comprando aquela torta de morango maravilhosa, e cara, que a gente só fica olhando durante a semana igual cachorro fica na vitrine do frango assado... engraçado, agora que parei para analisar isso, eu só gastava com comida.  Mas estou aqui para compartilhar como aprendi a planejar minha vida financeira.  1 - Faça uma planilha do dinheiro que você tem. E acrescento: arrume sua cama. Sim, se você não tem prazer em arrumar a sua cama, que te acolhe todos os dias, você não terá mais prazer em planejar nada nessa vida! E digo que isso é uma coisa muito boa sim (anotar e arrumar a cama) e não tem essa de ser coisa de gente velha. Anotar o que você recebe é ótimo! Taí a primeira coisa que você pode começar a fazer. Faça uma lista com as coisas que são fixas como conta de luz, água, telefone, compras do mercado, tv a cabo,

Poema da infância

"Pobrezinha da boneca Tinha as juntas deslocadas A cabecinha careca E as mãozinhas aleijadas O nariz era um buraco Dos olhos restavam um só E o seu corpo era esfarrapado Que causava dó" Esse poeminha talvez não seja lá um dos mais bonitos, mas foram esses pequenos versos que minha vó aprendeu quando criança, na época em que morava na fazenda,  e tirava o leite da vaca todas as manhãs, e comia mexerica escondido com os irmãos, e brincava de pão-coito (o conhecido "Fulano roubou pão na casa de João") e, fazia remendo no sapato que tinha que durar um ano, enquanto cantava sobre a "vida ingrata que o alfaiate tem". Fico tentando lembrar qual foi o primeiro verso que aprendi. E em que circunstância o aprendi. É engraçado como as histórias, poemas e canções atravessam gerações e chegam até nós com uma linguagem diferente, mas sem que a essência tenha sido perdida ao longo dos anos. Espero, com esperança, contar também aos meus netos o