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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

A dádiva

Enquanto eu me sentia vulnerável pela descoberta do meu novo diagnóstico e que ele é múltiplo, eu lia o livro de Philip Yancey, em que destaca pessoas que foram importantes em sua vida. Dentre elas, Dr. Paul Brand, que de uma forma bem bonita, falava da dádiva da dor. Ok. Ninguém gosta de sentir dor! Quando minhas dores começam, já vou pro meu kit farmacinha e tomo meus remédios de emergência sem me importar se vou ficar grogue, falando coisa com coisa, gravando áudio perguntando o que é genro. Meu desejo é me livrar da dor. Óbvio!  E no meio dessa vulnerabilidade que a dor faz a gente se encontrar, dr Paul vem, puxa uma cadeira e a coloca bem na minha frente, olha nos meus olhos e diz "miga, pare!". Não, ele não falou isso, mas foi engraçado. Ele disse "minha querida Vivi, a dor é uma dádiva". Dr. Paul passou grande parte de sua vida cuidando das pessoas com hanseníase, no leprosário em Vellore, na Índia. Ele descobriu que as pessoas com lepra sofrem cegueir