Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015

Para a sua informação...!

Todos os dias recebemos muitas informações.  A primeira informação é a do despertador te avisando que está na hora de levantar, mas que você sempre insiste em colocar no modo "soneca" até perceber que está atrasado.  O espelho do banheiro, te informando sua cara amassada, seus olhos com umas remelinhas no canto, seus cabelos com uns fios prateados misturando-se aos fios pretos, uma espinha que chegou com 8 anos de atraso.... Se arruma, prepara seu café - informação que seu estômago te dá de que você precisa se abastecer. Olha sua família e percebe o humor de cada um. Informação. Se você mora sozinho, a informação que você recebe é a do vazio da cadeira à sua frente onde a senhorita Solidão senta, te dá bom dia e você levanta a xícara e acena de volta com a cabeça. Informação. Uma checada nas redes sociais.  "Fulano está super feliz curtindo a vida". Que bom. Você pensa.  As redes sociais são ótimas para as informações. É tanta informação de gente

O que quero lembrar

Faz tempo que não falo sobre a Poli  por aqui. Bem, já contei tantas vezes aos familiares e amigos como anda o tratamento e como estou reagindo a ele, que confesso estar cansada de falar. Às vezes quero esquecer coisas que as pessoas querem me fazer lembrar... Gosto do carinho que recebo. Aliás, nem imaginava que teria tanto carinho e apoio assim. Pessoas com palavras carinhosas e cheias de fé, dizendo que estou ficando boa. Fofos. O mais fofo é o meu irmão, que continua dizendo que sou a lindinha dele.  Enfim, caro leitor, muita coisa aconteceu. Em abril, meu reumato achou por bem iniciar o tratamento com imunossupressor e corticoides em doses altas.  Não senti diferença nenhuma.  Em maio comecei a sentir mais fraqueza muscular. Em junho fiquei sem forças para lavar minha própria cabeça, pentear os cabelos e, às vezes, vestir uma calça ou vestir/tirar uma blusa. Foi assim por quase 2 meses. Depois consegui arrumar um jeito de tentar fazer essas coisas sozinha. Nem queir

Rio Secreto

Um rio fluía por de trás dos seus olhos Na busca pelo seu destino As águas  fartas de esperança  que tocavam as margens  Passavam com tranquilidade Embora veloz Olhos negros Lágrimas azuis

Um Amor

Amor é uma palavra bonita. Podemos encontrar várias definições para ele. De acordo com o dicionário Aurélio, " amor é uma a feição viva por alguém ou por alguma coisa "; Se falarmos em Camões, ele diria que "a mor é fogo que arde sem se ver ", e na Bíblia Sagrada lemos que Deus é amor e o próprio Jesus disse para vivermos isso: ame ao seu próximo.  Posso amar de várias formas: com palavras, com ações e até mesmo com silêncio. Algumas pessoas preferem não amar. Preferem guardar ressentimentos e acabam por transbordar amargura. Mas amar é também perdoar. Me recordo de duas situações em que precisei perdoar. Não foi fácil, mas foi libertador. E isso me faz lembrar a história que ouvi em um dos sermões do Pr. Ed René: “ Um homem branco matou um negro no portão de sua casa, na presença de esposa e filhos, com um tiro na cabeça. Ao final do Apartheid, esse homem branco foi levado ao tribunal. A viúva estava presente. O criminoso deveria assumir seu crime. O juiz

As não-coisas

Aquela tristeza que não bate quando você percebe que o dia está terminando, levando consigo os tons de azuis do céu para trazer um tom mais escuro e deixar apenas os pontos prateados no céu iluminarem as memórias do que foi o dia e do que vencemos até aquele momento. Aquela solidão que não chega quando você descobre que a solitude é um bom lugar para fazer as pazes consigo mesmo e (re)descobrir um novo alguém que aprendeu a desfrutar o prazer de sua própria companhia, sem isolar-se dos amigos que sempre estão por perto. Aquela ingratidão que não vem quando olha ao redor - e dentro de si mesmo - e percebe que tem mais do que poderia imaginar, e que isso tudo que a vida tem mostrado a você só pode se fazer parte da Graça.

A Brisa Suave

Algumas histórias ficam na memória da gente. Há uns anos atrás estava num momento um pouco tumultuado da vida e comecei a pensar nos meus medos. E às vezes, o medo nos cega. O que me fez lembrar da história de  Elias, um profeta do Antigo Testamento.  Ter medo é normal, né. Mas nesse caso o  medo o impulsionou a fugir. E ele o fez indo para o deserto.  Me vi também caminhando no "deserto". Talvez, tão cega pelo medo, não percebi um oásis e nem que Alguém caminhava comigo. E talvez nem mesmo Elias tenha percebido isso. O medo era maior. Fez uma longa caminhada até chegar no Monte Horebe, onde se escondeu numa caverna. Às vezes nossa caverna são os excessos. Faço tudo para parecer que estou bem. Falo demais, gasto demais, finjo demais - até ser verdade. Acontece, que mesmo no meio disso tudo Deus sempre sabe onde estamos e tem coragem de ir até nós e perguntar: "O que você está fazendo aqui, nessa caverna?", assim como fez com  Elias.  Responder uma pergunta de