sem título dessa vez

Comecei 2019 cheia de expectativa.
Tal como uma criança ouve sua mãe dizer "na volta a gente compra", criei minhas expectativas, dessa vez reais e leais, e fui mesmo levada à compra.
É gostoso e pacífico saber que há Alguém que planta sonhos em nós e nos dá condições de chegar até a realização dele - sem pular as etapas que isso implica: renúncia, compromisso, obediência e familiaridade (sim, porque é um relacionamento de Pai e filha (eu)).
Toda certinha, metódica, exigente de mim a um nível ruim. Acabei me desmanchando na metade do caminho: fadigada, cansada, desanimada, sem interesse de coisas além dos estudos.
Não é engraçado isso? Fui sufocada por minhas próprias exigências.
Me ocupei do serviço, esqueci da presença do Rei.
Compromisso não substitui intimidade.
Me vi irmão do filho pródigo que fica cuidando da casa e de tudo o que é do pai, mas sem o Pai; lutando com minhas próprias forças, buscando uma performance impecável cheia de limitações porque eu sou muito falha. Falhei comigo. Falhei no meu relacionamento com meu Pai.
A questão não é fazer a obra Dele. É fazer COM Ele.
Agora me vejo como o pródigo que corre para casa, nos braços do Pai, indigno de ser chamado filho, porém nada me tira essa certeza: sou filha.
Estou em Casa.
Sendo refeita.
Deixando tudo o que sou pra poder ser de novo Nele.


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